Por:Aulus Sellmer
Em alguns casos, os sons podem atrapalhar o treinamento
A resposta para essa questão é direta
e muito particular. Inclusive, você leitor já deve ter respondido. A
reflexão se torna ainda mais interessante quando desmembramos suas
variáveis. Você, corredor que respondeu “corrida com música, sempre”,
chegará naturalmente à outra pergunta: “mas se eu correr sem música,
melhora meu desempenho?”.
Estudos apontam que não utilizar os fones de ouvido, aproxima as pessoas dos sons produzidos pelo ato de correr, como respiração, batimentos cardíacos, tensão muscular, impacto das passadas. Essas são informações preciosas, pois fornecem feedback imediato sobre seu esforço. Geralmente, pessoas que optam pela opção “sem música” têm a performance nos treinos e competições como prioridade.
Estudos apontam que não utilizar os fones de ouvido, aproxima as pessoas dos sons produzidos pelo ato de correr, como respiração, batimentos cardíacos, tensão muscular, impacto das passadas. Essas são informações preciosas, pois fornecem feedback imediato sobre seu esforço. Geralmente, pessoas que optam pela opção “sem música” têm a performance nos treinos e competições como prioridade.
Retornando rápido aos questionamentos iniciais, do outro lado, temos a
corrente de quem prefere “corrida sem música”. Logo, o que aconteceria
“se eu correr com música? Melhora meu desempenho?”. Estudos que defendem
o uso de fones de ouvido colocam a música como um “anestésico”, isto é,
a corrida parece mais fácil, reduzindo a percepção de intensidade do
exercício em cerca de 10%.
Um estímulo externo como a música é capaz de literalmente bloquear
alguns dos estímulos internos que tentam chegar ao cérebro, como
mensagens sobre fadiga enviadas por músculos e órgãos do nosso corpo.
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A música trabalha na questão emocional do corredor. Foto: gpointstudio/Fotolia |
Leia também:10 músicas para correr
Quando essas mensagens são bloqueadas, a percepção de esforço do
corredor é reduzida e você tem a sensação de que pode correr mais rápido
e por mais tempo. Por isso, a música pode ajudar no desempenho, já que
trabalha na questão emocional do corredor. A música também eleva seu
humor, como entusiasmo e felicidade, enquanto reduz aspectos negativos
como tensão, cansaço e confusão.
A saber: Só existe uma situação em que a música não exerce nenhuma
influência. Em níveis extremos de esforço o organismo trabalha somente
com estímulos internos. Nesta situação, que geralmente é a partir de seu
limiar anaeróbio, correr com música não é recomendado.
Em minha opinião, depois de toda essa investigação, os benefícios da música tendem a se manifestar em corridas de intensidades leves e moderadas. Minha sugestão é contar com ela em seus dias de treinos mais leves, caso precise de um estímulo. No meu caso, sinceramente, sem música, tenho grandes chances de abortar a corrida.
Em minha opinião, depois de toda essa investigação, os benefícios da música tendem a se manifestar em corridas de intensidades leves e moderadas. Minha sugestão é contar com ela em seus dias de treinos mais leves, caso precise de um estímulo. No meu caso, sinceramente, sem música, tenho grandes chances de abortar a corrida.
Nessas ocasiões, a intensidade não é maior que 60% do meu máximo, uma
intensidade que não prejudica meu nível de atenção com o mundo exterior.
Já para intensidades médias e fortes, sua atenção precisa ser
redobrada e a música pode atrapalhar. Ainda mais se for uma corrida na
rua, onde os carros transitam livremente o que não aconselho de forma
alguma.
Opte em correr com música em parques, na praia ou em locais que o risco
de acidentes seja praticamente zero. Outra situação que não recomendo é
correr com música quando estiver correndo com um grupo. Aí é uma questão
de educação, pois nada melhor que jogar conversa fora em uma corrida
leve com seu grupo de amizade. Bons treinos!
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